https://www.facebook.com/matheusribsoficial?fref=nf
"Mas Agora eles só tem o dia 19 de
Abril!"
Vivemos num país de dimensões continentais e tão imenso quanto nosso
território é a diversidade de valores e pluralidades, sejam elas
socioeconômicas, religiosas ou culturais.
Como educadora continuo me surpreendendo, ano após ano, como tantas
escolas, ainda hoje, se debruçam sobre as dezenas de datas comemorativas para
nortear seu planejamento. E como, em sua grande maioria, sem nenhum tipo de
pudor ou reflexão.
Estereotipam e desrespeitam povos, culturas e princípios, reforçando conhecimentos baseados em fábulas românticas
e alegorias, desprezando a realidade posta e o conhecimento científico.
Assim, prestam um “DES” serviço educacional
, cultivando a ignorância e a alienação,
que alimentam pensamentos e atitudes discriminatórias e preconceituosas. Tiramos
do aprendiz o direito de pensar sobre bases sólidas e da sociedade a possibilidade
de uma educação que humaniza o outro, logo o respeita.
Um Bom exemplo? O dia do índio.
Podemos até pensar: Será mesmo que uma coisa tão “fofa”, quanto criança “fantasiadinha”
de índio, pode reforçar conceitos
pejorativos? Além da vasta literatura
sobre o tema, se puxarmos pela memória, episódios recentes com certa aldeia
aqui no Rio, podem servir de referências para responder essa pergunta.
Observar professores com suas “tribozinhas” e pais orgulhosos com seus “ indiozinhos” pelas
mãos, sempre suscita algumas questões: O
que estamos fazendo? ESCOLA: Reforçar estereótipos...
Esse é mesmo o seu papel?
Cássia Medella.
Nenhum comentário:
Postar um comentário